domingo, 12 de outubro de 2008
Apresentação Final - Resultado das Oficinas de Iniciação Musical Através da Composição - CAIXA Cultural 2008
http://www.youtube.com/watch?v=IjANUxe1s5E&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=kAHwImDlV6A
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
OCA e OSUFBA apresentam
__concerto para bateria; concerto para gaita__
______Orquestra Sinfônica da UFBA______
_________Regente: Paulo Novais_________
______________Solistas: _______________
___________________Alex Pochat no sitar;
____________Marcos Café no sax barítono;
____________Jorge Sacramento na bateria;
_________________Túlio Augusto na gaita.
Música de Agora: 4 concertos atuais para orquestra sinfônica e instrumento solista
Programa:
1. Concerto para sitar nº 1; de Alex Pochat, usa o sitar (frequentemente confundido com a cítara), instrumento típico da cultura indiana, tão apreciada pelo compositor que transcende barreiras culturais ao promover diálogos entre técnicas universais de composição de música de concerto com ritmos e sonoridades da Índia e da Bahia;
2. A Árvore que Chora; de Joélio Santos, música descritiva que tem o saxofone barítono como solista e que descreve paisagens e a história do município de Camaçari, terra natal do compositor;
3. Cantem, meus amores, cantem! Concerto para bateria e orquestra; de Paulo Rios Filho, transforma a orquestra num grande coro falado, na seção final da música, em contraposição ao set barulhento de bateria, num rico encontro entre ritmos afro-baianos, serialismo livre e texturas inspiradas no rock n’ roll;
4. Lugar Nenhum Regionalfolkmusic; de Túlio Augusto, utiliza a gaita como instrumento solista e faz dialogar, inusitadamente, texturas sinfônicas com escalas nordestinas e de blues.
O GÊNERO CONCERTO
Com origens na era barroca, o concerto é, basicamente, uma composição musical que sustenta o contraste entre um grupo orquestral e um instrumento - ou grupo de instrumentos - solista. Desde meados do século XVIII, de Mozart a John Cage, o concerto é um dos gêneros que mais alimentam os impulsos criadores dos que pensam a “música de concerto” (aqui, este termo genérico substitui os também genéricos e usuais – mas fracos – “música clássica” e “música erudita”).
A OCA – OFICINA DE COMPOSIÇÃO AGORA
A OCA é um grupo de composição e interpretação de música contemporânea, criado em 2004, pelo Prof. Paulo Costa Lima e cinco de seus alunos de composição. Hoje formada por quatro jovens compositores da Escola de Música da UFBA (Alex Pochat, Joélio Santos, Paulo Rios Filho e Túlio Augusto), tem como principais intuitos a criação, interpretação, o registro e a difusão de música de concerto atual, através da produção dos seus membros e de convidados.
Este concerto especial com a Orquestra Sinfônica da UFBA tem origem em 2007, na universidade, com a composição de peças para orquestra e instrumento solista, sob a orientação do Prof. Wellington Gomes - renomado compositor baiano – a quem a OCA dedica o concerto da noite - que também é violista da OSUFBA e vai tocar as peças dos seus quatro alunos.
OS SOLISTAS
Concerto para Sitar nº 1 – o próprio compositor, Alex Pochat;
A Árvore que Chora – o saxofonista Marcos Café;
Cantem, meus amores, cantem! – Jorge Sacramento, professor de percussão da UFBA e percussionista da OSBA;
Lugar Nenhum Regionalfolkmusic – o próprio compositor, Túlio Augusto, toca a gaita.
quinta-feira, 19 de junho de 2008
O myspace da OCA
11 por 11 - oca - espetáculo "o brasil merece", reitoria da ufba em 2004;
Missa - oca - 2005;
FOCO - alex pochat - grupo de percussão da ufba, teatro do sesc em 2007;
Cantem, meus amores, cantem! concerto p/ bateria e orquestra - paulo rios filho - jorge sacramento (solista) paulo novais (regente) osufba, museu de arte sacra em 2008;
Na Batida do Nigérrimo Luna - joélio santos - grupo de percussão da ufba, teatro do sesc em 2007.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Textos
Esta reflexão partiu das questões abordadas na Oficina de Composição Agora, do dia 30/03/2008 e que destaca entre as provocações deste encontro as seguintes:
1- Quais estratégias para se conseguir o novo;
2- Gostamos mais do que entendemos?
3- A co-incidência[1] de tradição, educação e composição.
Por se tratar da mais pura fisolofia só posso me safar com um “vais desculpando qualquer coisa”, dito de antemão.
Até mesmo para se conseguir o novo há uma recorrência do já conhecido, podemos, por exemplo, na relação com as ilustres noções de ritmo, nota, harmonia ter uma negação tão absoluta que se faça o novo? Uma estrutura nova pode ser chamada estrutura se não abrigar alguma referência conhecida? Ser novo em nossos tempos parece uma dura batalha reflexiva. Mas há como surpreender o ouvinte com caminhos diversos.
Assim se tomarmos a tradição musical seja ela erudita ou popular, com a qual estamos educados e nos reeducarmos para produzir com ela e a partir delas poderemos nos aproximar de um estágio em que compor será uma surpresa a nossos próprios sentidos. Talvez no meu excesso de otimismo fique feliz com qualidades musicais razoáveis, mas sempre que presencio uma execução que dentro de nossa perspectiva, na Oficina, está ao mesmo tempo passando pelo processo de tocar/compor, sinto considerável satisfação com o estável e o instável que é compor tocando.
Quando se trata de tradição temos ainda o fato de ela nos chegar à emoção, à memória, e dentro dela a questão do gosto e do entendimento são aproximados, e podemos tomar como entendimento uma série de qualidades, tais como lembrar a melodia ou saber de escritura musical ou recordar fatos associados a música, ou seja, entender com o ouvido além do laborioso trabalho mental.
Captar o som e processá-lo envolve nosso arcabouço ético e estético. Será que ao ouvir, nossa postura é mais de fruição ou confluência com o som? Como estamos educados neste ato é uma questão que me parece razoável neste sentido.
Em conclusão ressalto o quanto tem sido importante a música ser repensada por esta ótica do compor, e notar quantas situações ela abarca. Em minha experiência eu acredito que compor é um caminho para se conhecer a própria música. Ressaltando o que foi ampliado numa breve conversa com Paulo: é o conhecer não só aquela música que se esta a compor, mas a música como arte que é.
Acho que exagerei na dose.
Maria de Souza
[1] A palavra por mim usada refere-se aos três elementos fora de uma ocorrência casual e revela o caráter aglutinador que há entre eles.
Tudo é muito bonito: Silvano Sales, Calypso e Jorge Benjor; Marlos Nobre, Bonde do Forró e Tom Jobim; Caetano, Paulo Lima e Parangolé; Ilê Fun-fun, Chico Buarque (R$ 180,00!) e Viola de Doze; Legião, Nelson Gonçalves e Povos Timbira; Nação Zumbi, Antônio Nóbrega e Engenheiros; Bonde do Tigrão, Raul Gil e Gil. Mas o fato é que nos perguntamos muito pouco sobre música. Somos dirigidos pelo romantismo que isenta a música de raciocínio através da sua subjetividade. Associamos sons organizados simplesmente às nossas mais puras e tenras emoções, seja lembrando de alguém ou alguma situação, seja expressando os mais profundos inexpressáveis da alma, seja amando a Xuxa ou chorando num show de Zezé de Camargo e Luciano, relaxando ao som de Mozart ou entrando em estado depressivo com Mahler. Aqui, uma idéia nos basta...
Ernst Widmer, um importante compositor suíço, naturalizado baiano, professor da Escola de Música da UFBA até o seu falecimento, no início de 90, tratava de maneira peculiar o ato da criação musical: compor música e educar configura uma redundância. Para Widmer, o compositor, pelo próprio ato de inventar música, é um educador. Primeiro, ensina a si mesmo (o artista cria a obra e esta cria o artista, numa lambada poética); depois à entidade artística que é a obra e à prática musical de uma época; e, finalmente, ao consumidor da obra, para usar termos contemporâneos e sem apegos emocionais (mecenato = indústria cultural?). Considerar essa redundância como uma possibilidade, desperta tópicos latentes nas nossas cabeças, que fundamentariam uma palestra diária de nós para nós mesmos, ouvindo Patchanka ou György Ligeti: a) a importância do compositor (todo mundo conhece o vocalista da banda... mas “quem fez a música mesmo?”); b) a real importância da música e da educação musical para a sociedade – e para as transformações do indivíduo e do todo; e c) o que é mesmo o gosto musical? Esses são três de tantos outros que podem nos acometer. Mas, dentre tantos, de especial interesse para o compositor desse texto, nesse texto, vamos, brevemente, ao tópico ‘c’.
O que acontece quando se gosta de uma música qualquer? Se pensarmos a composição como um ato educacional, encaramos, naturalmente, a apreciação musical como um ato de aprendizado. E essa mudança de postura frente à audição de música nos abre novas possibilidades, dá um maior significado às emoções que consideramos inerentes à arte musical e, principalmente, nos leva ao poli-estilismo e ao ecletismo real e bem vindo (não aquele tão conhecido ecletismo sem-vergonha), pois acaba com a prisão banal que é o gosto-por-gostar – o que acaba desembocando numa monocultura musical, fatalmente ditada pela mídia de massa – e, efetivamente, quebra os preconceitos, afinal, toda música, desde os cantos de candomblé até os atabaques da música clássica-moderna – e Baiana - de Lindembergue Cardoso, tem algo para ensinar; basta, da nossa parte, querer aprender. E não falo de texto, poesia... falo da subjetividade dos sons. Isso explicaria, por exemplo, a relação, muitas vezes verdadeira, ‘insistência x gosto’ e a preocupação, por todas as vias, em todos os estilos e em todas as épocas, na construção de coerência do discurso sonoro-musical, por parte de compositores e intérpretes – vide Brahms, Tom Jobim e Parangolé.
Pensar sobre música não é retornar aos extremos vanguardistas da década de 60, mas reforçar as confusões e os paradoxos essenciais à música e seus significados emocionais individuais e coletivos, outrora tratados, quase que pejorativamente, como romantismos: precisamos tornar cada vez melhor o que nos faz bem, seja a criação de música, a sua audição ou os hábitos musicais da sociedade ou mesmo do seu condomínio (Porra! Deixem-me, em paz, estudar a minha trompa!). E música nos faz...
(mande seu texto, Maria; mandem seus textos, todos!)
Dia 27
Olá, pessoal!
Pos é, o tempo voa e só temos o próximo domingo para deixarmos pronto (e ensaiado) o nosso recital. Algumas coisas foram acrescentadas à apresentação: os textos do Big Bang (Ilma), do “repente” (Glauber - com fundo musical de quatro liquidificadores e Maria regendo a orquestra com uma colher de pau), e da Entardecência (Dalvaci) (esta última já postada no blog).
Já demos um grande passo para o enredo da peça. Primeiro o nome: “Cabras Transgridem – Apesar das Cangas no Pescoço”. Dalvaci ficou de fazer o convite para todos nós divulgarmos e, claro, conseguirmos bastante público.
Em segundo lugar, reunimos todo o material produzido até então e tentamos decidir a ordem de apresentação e o tempo dos mesmos. Para isso relembramos duas das composições para o recital:
1) Pã-nã-nã-nã – Tempo: 3’15’’
Participantes: Maria, Ivana e Denise (coro feminino); Sérgio, Paulo, Túlio, Rhuna e Pa-nã-nã-nã (coro masculino); Lúcia (Pamonha); Norma (Baleira); Joélio (Quebra-Queixo); Rhuna (Cliente); Glauber (Taboca); Agnaldo (tubos); Alex (garrafas); Túlio e Dalvaci (chocalhos) e Alan (pé-de-chuva). OBS: Paulo e Pa-nã-nã-nã também tocam latas.
2) Na Oca – Tempo: 1’30’’
Participantes: Paulo, Túlio, Alex e Sérgio (Grupo 1); Ilma, Lívia, Lúcia e Luciana (Grupo 2); Maria, Dalvaci, Glauber, Rhuna e menino do repente (Grupo 3); Joélio (maestro); Adnaldo (pé-de-chuva e latas - taboca); Alan (kalimba - taboca). OBS: menino do repente fala “taboca” e Rhuna pede a taboca.
Como atividades para o próximo encontro relembrar “Velocidade” e “Na Chuva” e definir melhor os interlúdios, figurino e a encenação do recital. Cada um deve levar sugestões para fechar de vez o roteiro da apresentação (OBS: não são mais necessários textos).
Lembrem-se: tá chegando, tá chegando!!!!
Sugestão de Roteiro p/ apresentação (esboço):
- Cena 1: Pessoas vestidas de branco com copos e baldes fazendo barulho da água, depois interrompida pelo barulho de um liquidificador. Depois outro liquidificador, em outro ponto, e assim sucessivamente, até todos tocarem de uma vez e parar. Entra o sertanejo e começa a falar. Abrem as cortinas e surgem então as pessoas com os liquidificadores e a maestrina com a colher de pau, todos vestidos de cozinheiros. Tocam até terminar o texto.
- Cena 2: Batidas de bumbo. Coloca o trecho de "Assim Falou Zarathustra". Começa o texto do Big Bang, seguido dos sons de zabumba e, depois, de castanholas. Tocam até terminar o texto cantado.
- Cena 3: Participantes chegam devagar ao palco. Primeiro chegam aqueles que vão tocar os instrumentos, vestidos de terno e gravata, começam a tocar uma ou outra nota aleatoriamente e sentam-se nas cadeiras, que estarão enfileiradas. Quando todos estiverem em silêncio começa o Pã-nã-nã-nã. No meio da peça devem começar a aparecer os vendedores, um de cada vez e permanecem no palco. Rhuna tem que sair da cadeira e seguir à frente do palco quando pedir a bala. Termina a cena com "Pãããããããã".
- Cena 4: Quando os participantes do Pã-nã-nã-nã estiverem saindo do palco, chega Dalvaci e recita parte do texto Reentrâncias. Tentar acompanhar os versos com os instrumentos correspondentes até terminar a primeira parte do texto.
- Cena 5: Alex e Adnaldo chegam na frente do palco, estendem uma esteira, sentam-se com os instrumentos, um de frente para o outro. Começa então o Grupo 1 a cantar o "Na Oca", ainda atrás do palco. Chegam para a frente e começam a dançar em círculos, assim como o Grupo 2 e o Grupo 3, até formar uma grande roda, todos dançando ao redor de Alex e Adnaldo. Quando eles falarem taboca, a roda pára e depois continua. Termina a cena com todos cantando baixinho e levantando os instrumentos e a esteira, como oferenda aos deuses. Todos devem estar vestidos de índio.
- Cena 6: Começa a toca o pé-de-chuva e alguns participantes permanecem no palco para recitar "Na Chuva" (terminando o texto com "Espaço").
- Cena 7: Termina "Espaço" e começa a música de fundo de buzinas, carros, aviões e máquinas. Os participantes entram no palco de um lado para o outro, ora andando devagar, ora rápido, vestidos normalmente. Um faz sinal para todos pararem (assim como a música) e começam a recitar "Velocidade".
- Cena 8: Todos saem do palco e Dalvaci fica e recita a segunda parte do texto.Um a um os participantes entram no palco e começam a tocar instrumentos ou fazer coro. Encerra a apresentação.
- Encerramento: Mensagem sobre a oficina.
(por Luciana Silva)
Olá, pessoal!
Estamos em contagem regressiva para a apresentação do nosso recital. Temos apenas dois encontros para novas criações/ensaios antes do encerramento da oficina.
No nosso mais recente encontro (06/04), duas peças novas foram apresentadas: “Na Oca” e “Velocidade”. Agora temos quatro peças que começam a ser trabalhadas de forma interligada para o recital:
1) Na Oca = Instrumentos: voz, kalimba, lata e pet chuva/Performance: Dança
2) Velocidade = Instrumento: voz
3) Pã Nã Nã Nã = Instrumentos: voz e pregões
4) Na Chuva (Chuva + Espaço + Natureza) = Instrumentos: voz, violão, kalimba e pet chuva / Performance: Dança
Só que temos ainda algumas necessidades (urgentes!), porque o nosso tempo é cada vez mais curto. O dever de casa então para a turma é trazer para a próxima aula sugestões de:
1) Introdução do recital (o que vai abrir o espetáculo);
2) Interlúdios (instrumentais, expressões corporais / percurssivas, recitais, palhaçadas... que podem ser utilizados para ligar as peças);
3) Participantes (expressões corporais e percurssivas – definir quem sabe ou quer dançar, tocar instrumentos; fazer recital; narrar a história, etc.);
4) Nome do espetáculo (claro!);
5) Grand Finale.
Pensem todos sobre o assunto e tragam muitas idéias para a apresentação ser bacana. Ah, já convidem de antemão o público (parentes, amigos, conhecidos e desconhecidos também) para assistir ao nosso espetáculo, ok?
Não se esqueçam de que as idéias também podem ser compartilhadas antes da próxima aula pelo blog. Basta mandar o material para o e-mail ocacontato@gmail.com.
Até lá!
quinta-feira, 3 de abril de 2008
Tópico B - Criação x Tradição, Velho x Novo...
TÓPICO: OS DIÁLOGOS ENTRE CRIAÇÃO E TRADIÇÃO,
O “VELHO” E O “NOVO”...
Objetivo: introduzir os alunos no universo dialético inerente ao ato composicional e investigar possíveis formas de aproveitamento prático deste universo no processo criativo.
Carga Horária: 1h
1ª aula – 30/03/2008
a) diálogo compositor/estímulo, compositor/obra, obra/intérprete, obra/público;
b) compor/educar;
c) relação composição/educação como fonte ideológica de desejo pelo novo;
d) estratégia pra compor/estratégia pra educar;
e) {repetição x variação: exemplo em áudio (5ª Sinfonia de Beethoven)};
f) diálogo com as tradições como estratégia educacional/composicional;
g) associação dessa estratégia com a de repetição variada de Beethoven;
h) exemplo em áudio (trechos de Dandalunda e Oniça Orê).
2ª aula – 06/04/2008
a) colagem e empréstimo;
b) exemplo em áudio 1;
c) apropriação/reconstrução de concepções e atitudes filosóficas;
d) exemplo em áudio 2;
e) interpenetração de materiais;
f) exemplo em áudio 1;
g) plasmação estrutural de princípios e sistemas;
h) exemplo em áudio 2.
segunda-feira, 17 de março de 2008
Dicas
Dia 29 de março a partir das 15h, até 18 : Dança de Contato com Música improvisacional no Teatro XVIII, entrada franca.
As Invenções...
Esta história começou há muito tempo atrás, no quintal da casa de Matias. E continuou aqui na oficina da OCA. Acolhimento na roda. Centramento. A música vem chegando pouco a pouco... São chocalhos, kalimba, flauta, violão, pandeiro. Água no intervalo. Paulo, Glauber, Maria. Túlio, Joel, Rhuna, Alex, Joélio... Gentes. A idéia é desbloquear e manter o desbloqueio. Sessão livre para fazer o que quiser.
A música é uma extensão do corpo, expressão de sentimentos... Quem sentir necessidade de se expressar, que toque, que cante. Imagens. Mãos vibrando, cordas vibrando, Rebeca. A Sagração da Primavera. Silêncio. Música no corpo, ritmo vital. John Cage. Assobio. Notas, instrumentos, sentimentos. Argila. Couro, PVC, bambu, sementes, aço, plástico, ferro, cipós, tambores... e a melodia da natureza toca. Beba Coca-Cola. Caros Amigos. Eu respiro. Meu coração bate. Meus barulhos, teus barulhos, às vezes serenos, tristes, às vezes gritantes, explosivos. Meu coração e o teu no mar da vida. O vento soprando pela janela pra ver uma estrela no céu. Sede de viver. Luiz Gonzaga, baião. Olhos da cor do limão. Cadê o mato? O boi comeu! Cadê o boi? Foi pro mato pegar picula. Amarelinha, jogo-de-gude... Cordel. Cantigas de roda. ABRE A RODA TINDOLELÊ. ABRE A RODA TINDOLALÀ. Lydia Hortélio e a história da Coca: “Minha vó comeu minha coca, coca, recoca que o mato me deu...” Câmara Cascudo. Paca tatu cutia não. Lampião. Tatu bola não morde. As dunas do Abaeté. O sorriso de Caymi, o mar, os coqueiros... Atlânticas paixões. Tua boca tem gosto de manga rosa madura. Segredos vegetais. Saudades do velho Dércio Marques e do Rio de Contas. Umbus maduros, cabras pulando cercas, comendo folhinhas. Cabras transgridem, apesar das cangas no pescoço. Teimosas cabras. Flor bonina. Gabriel, o Pensador e a poesia de Cora Coralina. Cabelos brancos de luz. Verde, vermelho, amarelo, preto. O Brasil é multicor. Guimarães Rosa e o Grande Sertão. Cerrado. Mata Atlântica. Amazônia. Pantanal. Policulturas. Povos de todo o mundo. Tudo que ocorre é música. Jogo de Angola. Banzo. “Cada qual é cada qual” (a benção Mestre Pastinha). Pau-da-chuva. Pet-da-chuva. Espírito. Dança. A natureza canta, vive e dança. Som sagrado. Som de pecado. Revolta, paz. Dor e guerra. Crianças na rua. De peito aberto. Fome. Exclusão. Inclusão. Sede de viver tudo que me cabe. E o riso da Dora lá atrás, feito molecagem. Algumas vezes choro com calma. Noutras, grito, faço escândalo. Tratando do silêncio. A dor do amor é intraduzível. E eu nunca mais comi tapioca com Maria e Glauber. Menino e menina. Expansão e recolhimento. O milagre do pão. A amizade. A liberdade. A sedução. A carinha do meu cachorro Big dando bom-dia ao amanhecer. E a mistura de arroz integral com gersal. Perna-de-pau. Romeu e Julieta. Lençóis cor de rosa na cama pra te esperar. Incenso de sândalus e cânfora. Cura. Bicho papão. Plantar árvores, perfumar a dor da Terra. Bumba-meu-boi, carnaval. Emboladas. Arrigo Barnabé e Clara Crocodilo. O que rolar. Não controle, tá combinado? Beija-flor. Borboleta. Pé de andu, água de côco. Tambor de crioula. Sopa de inhame. Manjericão, aroeira... Educação Vitalícia. Observatório do sim e do não. Processo de dentro prá fora. Existe separação? Brahma Kumaris. Mamulengo. Movimento. Corpo, toque, busca, troca. Matéria e espírito, depois de depois - - morte, vida. Palavra. Música que sai das vísceras, da própria alma. Ritmo. Volume. Altura. Menino na sinaleira fazendo malabares. Plantinhas crescendo na horta. Metamorfose ambulante. Eu – Terra e Lua. Tu – sol, água, vento, poesia... Sonho. Mode quê? Mode fazer uma história. Sua história. Minha história. Meditando. Caminhando nas trilhas da vida com Yogananda. Esquecendo a pressa, a métrica, a harmonia. Deixando a vida acontecer, o rio correr sozinho. O passar das horas. Intensidade. Duração. Timbre. Enredo Como nascem as estrelas. A estrada. A nuvem. Indo e vindo. Canção de amor à vida. Mãe ninando o filho pra dormir. Semeadura. Outono. Canção de trabalho, canto de colheita. Festa. Celebração. Nascimento. Entrega. Abrigo. João-de-barro. Coruja. Clarice Lispector. Formiguinhas atravessando o rio carregando folhas verdes pra comer. Quem ensinou ao vagalume acender a luzinha no escuro? Quem ensinou a jaqueira a produzir jaca? Vixe Maria, o nenen vai nascer. Meu pensamento tá em você. Na feira tem caldo de cana, beiju e um poeta recitando. Sanfoneiro dizendo versos. Que um velhinho ensinou a minha vó. Que minha vó ensinou a meu pai. Que meu pai me ensinou. Que eu ensinei a Ravi e Clarice. E aos meus alunos, minhas crianças. Ikebana. Cerimônia do incenso e das flores. Cerimônia das velas. Hare Krishna. Egberto Gismonti, Matias e Joaquim. Cantos de uma tribo de Bali. Simplicidade. Vila Lobos e Tom Jobim. Café com leite, pão torrado na chapa, coador de pano. Balanço de rede. Ciranda. Lia de Itamaracá. Doce de goiaba com queijo, chá de hortelã. Adélia Prado. Fogão de lenha cozinhando batata doce. O vôo dos pássaros. O sorriso do palhaço. Desafio. Zé Limeira e Patativa do Assaré fazendo serenata no céu com Leminsky. Cantoria. Zeca de Magalhães e Nego Dito. Lua cheia. Muito prazer em te conhecer. E até mais ver.
(Sinta os momentos que você vai entrar na música).
terça-feira, 11 de março de 2008
domingo, 9 de março de 2008
Tópico H - Instrumentos não convencionais
Oficinas de iniciação musical através da composição musical
Tópico: instrumentos não convencionais
Duração do curso: 1h e 30min.
Objetivo:
· Conhecer uma breve historia dos instrumentos convencionais, e de como utiliza-los de forma não convencional;
· Proporcionar contato com instrumentos não convencionais utilizados no contexto erudito;
· Estabelecer condições necessárias para explorar a voz como intrumento não convencional.
Metodologia:
· Aulas expositivas e debatidas com suplemento teórico;
· Oficina de construção de instrumentos não convencionais;
· Reconhecimento dos intrumentos através de vídeo e/ou fotos com os respectivos timbres;
· Prática de reconhecimento auditivo dos instrumentos de orquestra sinfônica e de bandas sinfônicas e popularers;
· Prática de técnicas que propocione suporte para o melhor aproveitamento da voz como instrumento não convencional.
Conteúdo:
· Breve história dos instrumentos convencionais de orquestra sinfônica, banda sinfônica e popular;
· Reconhecimento de timbres dos instrumentos convencionais;
· Construção de instrumentos não convencionais utilizando garrafa pet, sandália, tampa de garrafa, tubo de pvc, saco plástico, caixa de papelão, balde, etc;
· Uso de instrumentos convencionais (clarineta, trompete, violão, etc) de forma não convencional;
· Práticas de tecnicas que explore a voz de forma não convencional como: glissando, gritos, sons percussivos, assovio, etc.
Plano de aulas:
Duração de cada aula: 30min.
Aula 1 - 09/03/2008:
· Breve comentário sobre os instrumentos convencionais da orquestra sinfônica;
· Atividade: reconhecimento dos instrumentos com ilustrações em fotos e áudio.
Aula 2 - 16/03/2008:
· Abordagem sobre a utilização de instrumentos convencionais de forma não convencional e do uso da voz de forma não convenconal;
· Atividade: explorar novas sonoridades em instrumentos convencionais e com a voz.
Aula 3 - 30/03/2008:
· Construção de instrumentos não convencionais.
Tópico G - Notação
Ementa
Oficinas de iniciação musical através da composição musical
Tópico: notação não convencional
Duração da oficina: 1h
Objetivo:
A) Conhecer partitura de músicas de concerto tradicionais e contemporânea;
B) Proporcionar contato com a grafia não convencional;
C) Estabelecer técnicas de acompanhamento de música com o auxílio da partitura;
D) Estabelecer condições necessárias para representar as diversas formas sonoras.
Metodologia:
A) Aulas expositivas e debatidas com suplemento teórico;
B) Reconhecimento de partituras tradicionais através de suplemento impresso e projetado;
C) Prática de acompanhamento de uma audição através da partitura;
D) Reconhecimento de síbolos que proporcione uma interpretação clara de partitura contemporânea.
Conteúdo:
· Mostra de partituras de música de concerto tradicionais e contemporâneas;
· Reconhecimento dos símbolos utilizado no contexto de "música contemporânea";
· Acompanhamento de músicas eruditas com o auxílio da partitura;
Plano de aulas:
Duração de cada aula: 30min.
Aula 1 - 09/03/2008:
· Apresentação da partitura de música tradicional e contemporânea;
· Atividade: fazer comparação entre uma partitura e outra, e representar graficamente uma situação sonora.
Aula 2 - 16/03/2008:
· Reconhecimento da simbologia utilizada no contexto da música contemporânea;
· Atividade: imaginar qualquer som e representá-lo com a simbologia abordada.
Tópico A - Audição/apreciação de música contemporânea
Aula 1 – 02/03/2008
György Ligeti – “Le grand macabre” – Shut up!
http://br.youtube.com/watch?v=q0Cw79R_kPI
(esse não é o trecho que a gente escutou, mas é uma parte da ópera)
Gilberto Mendes – “Beba Coca-cola”
http://br.youtube.com/watch?v=JrKG0xfPLj0&feature=related
John Cage – “Radio Music”
“In a Landscape”
http://br.youtube.com/watch?v=ptUEhCU4ZcU
Essa foi a primeira atividade do tópico A, "Audição/apreciação".
abraços pra todos,
Paulo
Aula 2 – 09/03/2008
Apreciação/Matias – “Kecak – música de Bali”
http://br.youtube.com/watch?v=0HL5P6wlQPU&feature=related
http://en.wikipedia.org/wiki/Kecak
Arrigo Barnabé – “Clara Crocodilo”
http://br.youtube.com/watch?v=svGU3V6M3oI
(assistam Arrigo Barnabé falando e tocando um trecho de Clara Crocodilo. Vejam a explicação pra escolha do "Clara" e do "Crocodilo"...)
http://www.myspace.com/arrigobarnabe
(aqui tem a explicação de clara crocodilo também, em texto no item "influências"; além de outras músicas de A. Barnabé)
Com a escuta de Clara Crocodilo, salta às nossas idéias o fato de que dá pra fazer música com fala. Dá pra se pensar, musicalmente, um texto? (É só lembrar de "Beba Coca-cola" de Décio Pignatari) Dá pra se pensar, musicalmente, a récita desse texto, a maneira de se falar? (Vamos usar os desenhos gráficos de Joélio e criar sentidos melódicos para nossas falas!) Assim, ponho um fundo musical, vozes bem baixinho, ou tilintar de sinos com improvisos da kalimba, e falo meu texto musical de uma maneira também musical, no papel de solista da minha peça. É um caminho possível...
Aula 3 - 16/03/2008
Apreciação/Matias – “A Sagração da Primavera” de Igor Stravisnky
http://br.youtube.com/watch?v=UZL4PsV0eh0
http://br.youtube.com/watch?v=WeIcrG3Cmwo
http://br.youtube.com/watch?v=hdGyeU-7XiU
http://br.youtube.com/watch?v=hdoF2yJzr2I
http://pt.wikipedia.org/wiki/Stravinsky
Ravel – “Bolero”
http://br.youtube.com/watch?v=3-4J5j74VPw
http://br.youtube.com/watch?v=gh_9leIFl7Y