segunda-feira, 17 de março de 2008

Dicas

TEATRO XVIII

Dia 29 de março a partir das 15h, até 18 : Dança de Contato com Música improvisacional no Teatro XVIII, entrada franca.

As Invenções...

Entardecência, de Dalvaci

Esta história começou há muito tempo atrás, no quintal da casa de Matias. E continuou aqui na oficina da OCA. Acolhimento na roda. Centramento. A música vem chegando pouco a pouco... São chocalhos, kalimba, flauta, violão, pandeiro. Água no intervalo. Paulo, Glauber, Maria. Túlio, Joel, Rhuna, Alex, Joélio... Gentes. A idéia é desbloquear e manter o desbloqueio. Sessão livre para fazer o que quiser.

A música é uma extensão do corpo, expressão de sentimentos... Quem sentir necessidade de se expressar, que toque, que cante. Imagens. Mãos vibrando, cordas vibrando, Rebeca. A Sagração da Primavera. Silêncio. Música no corpo, ritmo vital. John Cage. Assobio. Notas, instrumentos, sentimentos. Argila. Couro, PVC, bambu, sementes, aço, plástico, ferro, cipós, tambores... e a melodia da natureza toca. Beba Coca-Cola. Caros Amigos. Eu respiro. Meu coração bate. Meus barulhos, teus barulhos, às vezes serenos, tristes, às vezes gritantes, explosivos. Meu coração e o teu no mar da vida. O vento soprando pela janela pra ver uma estrela no céu. Sede de viver. Luiz Gonzaga, baião. Olhos da cor do limão. Cadê o mato? O boi comeu! Cadê o boi? Foi pro mato pegar picula. Amarelinha, jogo-de-gude... Cordel. Cantigas de roda. ABRE A RODA TINDOLELÊ. ABRE A RODA TINDOLALÀ. Lydia Hortélio e a história da Coca: “Minha vó comeu minha coca, coca, recoca que o mato me deu...” Câmara Cascudo. Paca tatu cutia não. Lampião. Tatu bola não morde. As dunas do Abaeté. O sorriso de Caymi, o mar, os coqueiros... Atlânticas paixões. Tua boca tem gosto de manga rosa madura. Segredos vegetais. Saudades do velho Dércio Marques e do Rio de Contas. Umbus maduros, cabras pulando cercas, comendo folhinhas. Cabras transgridem, apesar das cangas no pescoço. Teimosas cabras. Flor bonina. Gabriel, o Pensador e a poesia de Cora Coralina. Cabelos brancos de luz. Verde, vermelho, amarelo, preto. O Brasil é multicor. Guimarães Rosa e o Grande Sertão. Cerrado. Mata Atlântica. Amazônia. Pantanal. Policulturas. Povos de todo o mundo. Tudo que ocorre é música. Jogo de Angola. Banzo. “Cada qual é cada qual” (a benção Mestre Pastinha). Pau-da-chuva. Pet-da-chuva. Espírito. Dança. A natureza canta, vive e dança. Som sagrado. Som de pecado. Revolta, paz. Dor e guerra. Crianças na rua. De peito aberto. Fome. Exclusão. Inclusão. Sede de viver tudo que me cabe. E o riso da Dora lá atrás, feito molecagem. Algumas vezes choro com calma. Noutras, grito, faço escândalo. Tratando do silêncio. A dor do amor é intraduzível. E eu nunca mais comi tapioca com Maria e Glauber. Menino e menina. Expansão e recolhimento. O milagre do pão. A amizade. A liberdade. A sedução. A carinha do meu cachorro Big dando bom-dia ao amanhecer. E a mistura de arroz integral com gersal. Perna-de-pau. Romeu e Julieta. Lençóis cor de rosa na cama pra te esperar. Incenso de sândalus e cânfora. Cura. Bicho papão. Plantar árvores, perfumar a dor da Terra. Bumba-meu-boi, carnaval. Emboladas. Arrigo Barnabé e Clara Crocodilo. O que rolar. Não controle, tá combinado? Beija-flor. Borboleta. Pé de andu, água de côco. Tambor de crioula. Sopa de inhame. Manjericão, aroeira... Educação Vitalícia. Observatório do sim e do não. Processo de dentro prá fora. Existe separação? Brahma Kumaris. Mamulengo. Movimento. Corpo, toque, busca, troca. Matéria e espírito, depois de depois - - morte, vida. Palavra. Música que sai das vísceras, da própria alma. Ritmo. Volume. Altura. Menino na sinaleira fazendo malabares. Plantinhas crescendo na horta. Metamorfose ambulante. Eu – Terra e Lua. Tu – sol, água, vento, poesia... Sonho. Mode quê? Mode fazer uma história. Sua história. Minha história. Meditando. Caminhando nas trilhas da vida com Yogananda. Esquecendo a pressa, a métrica, a harmonia. Deixando a vida acontecer, o rio correr sozinho. O passar das horas. Intensidade. Duração. Timbre. Enredo Como nascem as estrelas. A estrada. A nuvem. Indo e vindo. Canção de amor à vida. Mãe ninando o filho pra dormir. Semeadura. Outono. Canção de trabalho, canto de colheita. Festa. Celebração. Nascimento. Entrega. Abrigo. João-de-barro. Coruja. Clarice Lispector. Formiguinhas atravessando o rio carregando folhas verdes pra comer. Quem ensinou ao vagalume acender a luzinha no escuro? Quem ensinou a jaqueira a produzir jaca? Vixe Maria, o nenen vai nascer. Meu pensamento tá em você. Na feira tem caldo de cana, beiju e um poeta recitando. Sanfoneiro dizendo versos. Que um velhinho ensinou a minha vó. Que minha vó ensinou a meu pai. Que meu pai me ensinou. Que eu ensinei a Ravi e Clarice. E aos meus alunos, minhas crianças. Ikebana. Cerimônia do incenso e das flores. Cerimônia das velas. Hare Krishna. Egberto Gismonti, Matias e Joaquim. Cantos de uma tribo de Bali. Simplicidade. Vila Lobos e Tom Jobim. Café com leite, pão torrado na chapa, coador de pano. Balanço de rede. Ciranda. Lia de Itamaracá. Doce de goiaba com queijo, chá de hortelã. Adélia Prado. Fogão de lenha cozinhando batata doce. O vôo dos pássaros. O sorriso do palhaço. Desafio. Zé Limeira e Patativa do Assaré fazendo serenata no céu com Leminsky. Cantoria. Zeca de Magalhães e Nego Dito. Lua cheia. Muito prazer em te conhecer. E até mais ver.

(Sinta os momentos que você vai entrar na música).
Velocidade, de Luciana

Chuva, de Ilma


Espaço, de Maria







Natureza
de Denise Vieira







terça-feira, 11 de março de 2008

Tópico D - Sessão Livre

Música e Silêncio

4'33'', de John Cage

domingo, 9 de março de 2008

Tabela de Horários e Assuntos


Tópico H - Instrumentos não convencionais

Ementa

Oficinas de iniciação musical através da composição musical
Tópico: instrumentos não convencionais
Duração do curso: 1h e 30min.

Objetivo:

· Conhecer uma breve historia dos instrumentos convencionais, e de como utiliza-los de forma não convencional;
· Proporcionar contato com instrumentos não convencionais utilizados no contexto erudito;
· Estabelecer condições necessárias para explorar a voz como intrumento não convencional.

Metodologia:

· Aulas expositivas e debatidas com suplemento teórico;
· Oficina de construção de instrumentos não convencionais;
· Reconhecimento dos intrumentos através de vídeo e/ou fotos com os respectivos timbres;
· Prática de reconhecimento auditivo dos instrumentos de orquestra sinfônica e de bandas sinfônicas e popularers;
· Prática de técnicas que propocione suporte para o melhor aproveitamento da voz como instrumento não convencional.

Conteúdo:
· Breve história dos instrumentos convencionais de orquestra sinfônica, banda sinfônica e popular;
· Reconhecimento de timbres dos instrumentos convencionais;
· Construção de instrumentos não convencionais utilizando garrafa pet, sandália, tampa de garrafa, tubo de pvc, saco plástico, caixa de papelão, balde, etc;
· Uso de instrumentos convencionais (clarineta, trompete, violão, etc) de forma não convencional;
· Práticas de tecnicas que explore a voz de forma não convencional como: glissando, gritos, sons percussivos, assovio, etc.

Plano de aulas:
Duração de cada aula: 30min.

Aula 1 - 09/03/2008:
· Breve comentário sobre os instrumentos convencionais da orquestra sinfônica;
· Atividade: reconhecimento dos instrumentos com ilustrações em fotos e áudio.

Aula 2 - 16/03/2008:
· Abordagem sobre a utilização de instrumentos convencionais de forma não convencional e do uso da voz de forma não convenconal;
· Atividade: explorar novas sonoridades em instrumentos convencionais e com a voz.

Aula 3 - 30/03/2008:
· Construção de instrumentos não convencionais.

Tópico G - Notação

Ementa

Oficinas de iniciação musical através da composição musical
Tópico: notação não convencional
Duração da oficina: 1h

Objetivo:

A) Conhecer partitura de músicas de concerto tradicionais e contemporânea;
B) Proporcionar contato com a grafia não convencional;
C) Estabelecer técnicas de acompanhamento de música com o auxílio da partitura;
D) Estabelecer condições necessárias para representar as diversas formas sonoras.

Metodologia:

A) Aulas expositivas e debatidas com suplemento teórico;
B) Reconhecimento de partituras tradicionais através de suplemento impresso e projetado;
C) Prática de acompanhamento de uma audição através da partitura;
D) Reconhecimento de síbolos que proporcione uma interpretação clara de partitura contemporânea.

Conteúdo:
· Mostra de partituras de música de concerto tradicionais e contemporâneas;
· Reconhecimento dos símbolos utilizado no contexto de "música contemporânea";
· Acompanhamento de músicas eruditas com o auxílio da partitura;

Plano de aulas:
Duração de cada aula: 30min.

Aula 1 - 09/03/2008:
· Apresentação da partitura de música tradicional e contemporânea;
· Atividade: fazer comparação entre uma partitura e outra, e representar graficamente uma situação sonora.

Aula 2 - 16/03/2008:
· Reconhecimento da simbologia utilizada no contexto da música contemporânea;
· Atividade: imaginar qualquer som
e representá-lo com a simbologia abordada.

Tópico A - Audição/apreciação de música contemporânea

O termo "música contemporânea" não costuma ter significado literal. Entende-se geralmente, como tal, a música feita no século XX e XXI. Mesmo com essa segurança, alcançada graças à delineações temporais meio estranhas, "música contemporânea" trata, acima de tudo, de aspectos estéticos da linguagem musical. Assim, posso fazer uma música hoje, dia 09 de março de 2008, e ainda assim não estar fazendo "música contemporânea". Este tópico, apesar de um enfoque básico na "música contemporânea" - com as aspas -, propõe a escuta e a análise da música contemporânea - sem as aspas -, ou seja, de tudo que rola no tempo contemporâneo ao nosso.

Aula 1 – 02/03/2008
György Ligeti – “Le grand macabre” – Shut up!

http://br.youtube.com/watch?v=q0Cw79R_kPI
(esse não é o trecho que a gente escutou, mas é uma parte da ópera)

Gilberto Mendes – “Beba Coca-cola”

http://br.youtube.com/watch?v=JrKG0xfPLj0&feature=related

John Cage – “Radio Music”
“In a Landscape”

http://br.youtube.com/watch?v=ptUEhCU4ZcU

Essa foi a primeira atividade do tópico A, "Audição/apreciação".

abraços pra todos,

Paulo

Aula 2 – 09/03/2008
Apreciação/Matias – “Kecak – música de Bali”

http://br.youtube.com/watch?v=0HL5P6wlQPU&feature=related
http://en.wikipedia.org/wiki/Kecak

Arrigo Barnabé – “Clara Crocodilo”

http://br.youtube.com/watch?v=svGU3V6M3oI

(assistam Arrigo Barnabé falando e tocando um trecho de Clara Crocodilo. Vejam a explicação pra escolha do "Clara" e do "Crocodilo"...)

http://www.myspace.com/arrigobarnabe

(aqui tem a explicação de clara crocodilo também, em texto no item "influências"; além de outras músicas de A. Barnabé)

Com a escuta de Clara Crocodilo, salta às nossas idéias o fato de que dá pra fazer música com fala. Dá pra se pensar, musicalmente, um texto? (É só lembrar de "Beba Coca-cola" de Décio Pignatari) Dá pra se pensar, musicalmente, a récita desse texto, a maneira de se falar? (Vamos usar os desenhos gráficos de Joélio e criar sentidos melódicos para nossas falas!) Assim, ponho um fundo musical, vozes bem baixinho, ou tilintar de sinos com improvisos da kalimba, e falo meu texto musical de uma maneira também musical, no papel de solista da minha peça. É um caminho possível...

Aula 3 - 16/03/2008

Apreciação/Matias – “A Sagração da Primavera” de Igor Stravisnky

http://br.youtube.com/watch?v=UZL4PsV0eh0
http://br.youtube.com/watch?v=WeIcrG3Cmwo
http://br.youtube.com/watch?v=hdGyeU-7XiU
http://br.youtube.com/watch?v=hdoF2yJzr2I

http://pt.wikipedia.org/wiki/Stravinsky


Ravel – “Bolero”

http://br.youtube.com/watch?v=3-4J5j74VPw
http://br.youtube.com/watch?v=gh_9leIFl7Y