Em 2010, a OCA dará conta da criação, publicação na internet e manutenção de um website dedicado à produção de música de concerto (termo que substitui outros mais usuais como música clássica ou música erudita) contemporânea na Bahia e na África.
O site será dividido em duas grandes partes – Música Contemporânea na Bahia e Música Contemporânea na África – e comportará páginas pessoais de compositores, publicação de artigos, escritos e partituras, disponibilização de áudio (em formatos mp3 e flac), fotos e informações sobre centros de estudos musicais na Bahia e na África.
Muito além de razoáveis finalidades expositivas, o maior objetivo do projeto é a criação de um poderoso banco de dados, abrangendo todas as informações sobre a produção de música contemporânea nos dois territórios supracitados, bem como a criação de uma ferramenta de intercâmbio, intencionando a realização de parcerias entre os personagens da música de lá e de cá.
Numa primeira etapa do projeto, devido à complexidade geopolítica (muitos países e culturas fragmentadas politicamente) e ao universo de possibilidades que a África representa – unido a pouca difusão da sua produção deste tipo de música - o trabalho será concentrado somente na Bahia e nos seguintes países africanos: África do Sul, Gana, Etiópia, Nigéria e Egito.
Para a consecução dos seus objetivos, Bafrik conta com o apoio institucional de dois órgãos: Escola de Música da Universidade Federal da Bahia e OCA – Oficina de Composição Agora.
Um consultor na Bahia será o consultor geral do projeto; outros dois, africanos – um na África do Sul, outro em Uganda -, constituirão uma espécie de base no continente mãe.
Do dia 1 a 4 de dezembro, a Escola de Música da UFBa estará promovendo o Encontro de Compositores, parte do XXI Seminários Internacionais de Música. O evento, que tem Felipe Lara como compositor convidado, contará ainda com a participação de alguns membros da OCA.
No dia 02 de dezembro, quarta feira, na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, acontecerá a 8º Projeção Sonora de Composições Eletroacústicas Genos, em edição especial de encerramento do ano letivo. Os compositores e membros da OCA Alexandre Espinheira e Guilherme Bertissolo terão suas peças executadas.
Já na quinta feira, dia 03 de dezembro é a vez dos compositores Paulo Rios Filho e Guilherme Bertissolo levarem mais uma vez a OCA ao encontro. O GIMBA (Grupo de Intérpretes Musicais da Bahia), interpretará suas obras e de outros compositores ligados ao PPGMUS-UFBa.
sábado, 15 de agosto de 2009
Conserte-se! ocaocaoca.com Ouça as cinco peças aqui:
Joélio Santos - Árvore que Chora, ou imagens que não vivi
5 músicas: bateria e orquestra, sitar e orquestra, gaita e orquestra, sax-barítono e orquestra, duas sopranos baixo elétrico percussão e orquestra.
acarajé free, espaço indivualizado de audição, distribuição direta das obras (basta levar o mp3 ou pen-drive), DJ Mauro Telefunksoul, exibição de vídeo-depoimentos gravados na rua
Pátio do ICBA, Goethe Institut - Corredor da Vitória
Salvador, Bahia 13.08.09, quinta-feira 20h
LEVE O SEU MP3 PLAYER!
DJ, audição das obras, coquetel, ambientes individuais de audição (c/ headphones), projeção de vídeo-esquetes, bate papo com os compositores e músicos do projeto
CONSERTE-SE! 5 CONCERTOS CONTEMPORÂNEOS PARA ORQUESTRA E INSTRUMENTO SOLISTA
O GÊNERO CONCERTO
Com origens na era barroca, o concerto é, basicamente, uma composição musical que sustenta o contraste entre um grupo orquestral e um instrumento - ou grupo de instrumentos - solista. Desde meados do século XVIII, de Mozart a John Cage, o concerto é um dos gêneros que mais alimentam os impulsos criadores dos que pensam a “música de concerto” (aqui, este termo genérico substitui os também genéricos e usuais – mas fracos – “música clássica” e “música erudita”).
O PROJETO
Trata-se da gravação de cinco peças, compostas por compositores baianos, para distribuição gratuita via internet. Os compositores são os fundadores do grupo de música contemporânea OCA – Oficina de Composição Agora, Alex Pochat, Joélio Santos, Paulo Costa Lima, Paulo Rios Filho e Túlio Augusto, grupo transformado em pessoa jurídica homônima, a Associação Civil Oficina de Composição Agora, gerida por três destes compositores, desde 2006.
A unidade do projeto não se encontra apenas no fato de que as cinco peças são concertos para solista e orquestra. Além disso, o ineditismo do projeto se encontra no fato de que todos os instrumentos solistas são estranhos ao mundo sinfônico: sitar (Concerto para Sitar nº 1, Alex Pochat), sax-barítono (A Árvore que Chora, Joélio Santos), bateria (Cantem, meus amores, cantem!, Paulo Rios Filho), gaita (Lugarnenhumregionalfolkmusic, Túlio Augusto) e duas sopranos, percussão e baixo elétrico (Yêlelá Twendê, Paulo Costa Lima).
O projeto - que foi contemplado pelo Edital de Criação de Conteúdo Digital em Música 2008, da FUNCEB – Fundação Cultural do Estado da Bahia, sendo assim patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado, através do Fundo de Cultura da Bahiae da própria FUNCEB -, conta com a participação de quase trinta músicos, sendo seis convidados de outros estados (como São Paulo e Goiás), e tem a regência do Maestro Paulo Novais.
Instituições que apóiam o “Conserte-se!”: Escola de Música da UFBA, Museu de Arte Sacra e Pousada Âmbar. A realização fica a cargo da OCA – Associação Civil Oficina de Composição Agora.
O LANÇAMENTO
O lançamento do website do projeto, bem como das faixas em mais de 15 sites especializados em disponibilização de áudio na internet, acontece no Pátio do ICBA/Goethe Institut, no dia 13 de agosto de 2009, às 20h. O mestre de cerimônias é o DJ Mauro Telefunksoulque fará peripécias com as obras gravadas, mas que também irá comandar a sua audição integral. Além disso, uma breve mesa redonda com os compositores dá as boas vindas aos convidados com uma apresentação do projeto e performance da OCA.
Coquetel, ambientes de audição individual (headphones espalhados), distribuição direta das obras para mp3 players (levem os seus!), e mais (será?).
O site, que só entrará no ar no dia do lançamento, contém todas as informações do projeto, das músicas e dos compositores envolvidos. O endereço: www.ocaocaoca.com
No dia 14, às 19h, na Escola de Música da UFBA, palestra ministrada pelos compositores, pelo regente e pelos músicos solistas do projeto.
As peças foram gravadas no Museu de Arte Sacra. O técnico de gravação foi Tadeu Mascarenhas, com quem ficou a cargo, ainda, mixagem e masterização.
AS OBRAS
1.Concerto para sitar nº 1; de Alex Pochat, usa o sitar(frequentemente confundido com a cítara), instrumento típico da cultura indiana, tão apreciada pelo compositor que transcende barreiras culturais ao promover diálogos entre técnicas universais de composição de música de concerto com ritmos e sonoridades da Índia e da Bahia;
2.A Árvore que Chora; de Joélio Santos, música descritiva que tem o saxofone barítono como solista e que descreve paisagens e a história do município de Camaçari, terra natal do compositor;
3.Yêlelá Twendê; de Paulo Costa Lima, descrita pelo compositor como uma “canção concertante – carnavalito”, parte de um texto em Umbundu, para criar um ambiente híbrido, meio concerto, meio canção, meio carnaval, tudo isso fazendo uso de uma parte vocal incansável e de uma sonoridade forte e dançante na orquestra.
4.Cantem, meus amores, cantem!Concerto para bateria e orquestra; de Paulo Rios Filho, transforma a orquestra num grande coro falado, na seção final da música, em contraposição ao set barulhento de bateria, num rico encontro entre ritmos afro-baianos, serialismo livre e texturas inspiradas no rock n’ roll;
5.Lugar Nenhum Regionalfolkmusic; de Túlio Augusto, utiliza a gaita como instrumento solista e faz dialogar, inusitadamente, texturas sinfônicas com escalas nordestinas e de blues.
A OCA – OFICINA DE COMPOSIÇÃO AGORA
A OCA é um grupo de composição e interpretação de música contemporânea, criado em 2004, pelo Prof. Paulo Costa Lima e cinco de seus alunos de composição. Hoje formada por quatro jovens compositores da Escola de Música da UFBA (Alex Pochat, Joélio Santos, Paulo Rios Filho e Túlio Augusto), tem como principais intuitos a criação, interpretação, o registro e a difusão de música de concerto atual, através da produção dos seus membros e de convidados.